Henri Bergson |
Henri Bergson nasceu em 16/10/1859 e faleceu em 04/01/1941, (Paris, França). Filósofo e diplomata francês, não foi propriamente um espírita, mas um um pensador que defendeu a necessidade de uma análise espiritual do ser, em seu pensamento e conduta. Ao contrário de Platão e Descartes, que usavam a geometria como modelo para fazer da metafísica uma ciência, Bergson adotou a biologia, a psicologia e a sociologia como fundamentos de seu pensamento filosófico. Em sua obra "As Duas Fontes da Moral e da Religião", exalta a necessidade do desenvolvimento de uma "ciência psíquica", pois somente através dela é que se poderá alcançar a certeza científica da imortalidade da alma e com isso se obter uma metafísica, não abstrata, mas fundada em um empirismo superior. Leitura densa, necessitando de estudos dentro de um contexto histórico e comparativo às outras correntes de pensamento. Atribui-se a Bergson a chamada "metafísica positiva", ao propor fazer da filosofia uma ciência baseada na intuição como um método, cujos resultados viriam da experiência e seriam tão rigorosos quanto as ciências baseadas na inteligência, como a matemática. Enfatizou a intuição como principal elemento do entendimento, independente de anãlise e do uso de símbolos linguísticos ou numéricos,também de mediadores. . Begson, assim, abriu o caminho para a corrente do Intuicionismo, conceituando a intuição como a faculdade suprema do impulso vital (élan vital) e a capacidade de compreensão do filósofo. Bergson foi, também, um dos primeiros a fazer referência ao inconsciente, ao qual o ser humano não estaria escravizado, ao contrário da psicanálise convencional, mas sim reconhece os fenômenos que chamamos de paranormais. E a duração para Bergson não é o tempo absoluto, mas aquele que se experimenta, pelo indivíduo e do meio, dos demais, o tempo psicológico, que depois vemos bem explorado por Lacan. A filosofia de Bergson pode ser definida com o nome de evolucionismo espiritualista. Marca a transição entre o materialismo científico e a espiritualidade. desta última por seus fundamentos. Reconhece o livre arbítrio e a paranormalidade, combatendo o determinismo, rejeitando o acaso. Enfim, foi um filósofo que não foi espírita, mas deve ser citado como fundamento para o que valida o conceito doutrinário do Espiritismo como Filosofia, dentro de sua tríplice natureza, conforme definido por Kardec, do qual foi contemporâneo. |